Bodas no namoro

Bodas de Prata no namoro


Estamos vivendo um problema que não lembro de ter lido algo parecido na
história e, como tudo que é novo a igreja demora anos para assimilar, não
estamos sabendo tratar o assunto como deveríamos.

Estou me referindo aos namoros de hoje.

Os jovens, ou melhor, os adolescentes estão começando os namoros mais cedo.
Os meus pais começaram a namorar com 16 anos, o meu primeiro beijo foi dado
com 14 e hoje já é comum ouvir entre os adolescentes que o primeiro beijo
foi dado aos 10 anos.

Nem quero entrar no âmbito da precocidade dos adolescentes, que isso é uma
outra questão a se tratar.

O problema não está apenas no começo do namoro, mas também no fim dele. A
nossa sociedade capitalista e triunfalista nos formatou da seguinte forma: o
certo é casar depois que a vida estiver estável financeiramente. Os meus
pais se casaram com 19 anos, a minha geração se casou com 25 e agora a
maioria está se casando com 28, 30 anos.

Está posto à mesa um problema que não se viu antes, a fase de namoro de uma
pessoa deu um salto de 4 anos a 20 anos em pouco mais de uma geração. Logo
vamos falar em bodas de Prata no namoro.

E quanto a nós, cristãos conservadores, que acreditamos que o sexo é para o
casamento?

Um adolescente recebe, desde os 10 anos, uma carga grande entre os amigos
para namorar, ouve na igreja para se abster do sexo e ouve dos pais para nem
pensar em casar antes de se formar na faculdade.

Soluções como a proibição dos pais ao namoro até certa idade já se mostrou
apenas um combustível altamente inflamável para os adolescentes. A proposta
dos líderes de jovens para um namoro sem nenhum contato físico, a corte, não
foi aceita pela maioria e acabou gerando muitos fariseus legalistas e
mentirosos entre seus membros.

Em uma coisa acredito que todos concordam, no “carro chamado intimidade” no
namoro não existe marcha ré.

A pergunta é: o que se deve ensinar para esta geração chegar ao casamento
sem transar?

Tenho viajado o Brasil todo, ouvido e visto de tudo.

A maioria prefere ignorar o problema e continuar falando genericamente do
assunto, outra parte quer ensinar baseado em um pecado: o medo.

Colocam medo nos adolescentes, além de mandarem para o inferno os que
caíram, gastando horas mostrando que as meninas podem engravidar, pegar uma
doença fatal, e a mais usada, pode criar traumas que irão carregar para o
resto de suas vidas. Todas essas conseqüências eu acho que são reais e devem
ser expostas, mas não acho que isso vai impedir alguém de transar na hora
que a coisa esquenta. Pois a camisinha e os psicólogos já foram inventados.

João falou em sua carta que “no amor não existe o medo, antes o perfeito
amor lança fora o medo”.

Estamos falhando, porque a solução não é o terror e nem o medo, é o amor.

Acredito fielmente que a tarefa quase impossível de se guardar para o
casamento não é conquistada por mais ou menos leis, por medo, mas sim por
amor a Deus.

Se nós nos aproximarmos de Deus de tal forma que nos relacionemos com Ele
como amigos íntimos, entenderemos o que Ele fez na cruz por nós. Aí sim
começaremos a entender que não temos que obedecer a bíblia para não ir para
o inferno ou para não receber castigo de Deus, mas sim porque amamos e somos
gratos para com aquele que nos salvou.

Alguns podem até cair, pois nem sempre permanecemos focados em Deus, mas
assim que o Espírito nos lembra do evangelho, voltamos a querer, acima de
nossas vontades, agradá-Lo em gratidão.

Acredito que uma boa conversa preventiva, uma boa educação em casa e na
igreja ajudam, mas acredito fielmente que a boa conduta de alguém está
baseada no amor e na gratidão de uma pessoa que foi salva por Cristo.


Marcos Botelho

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